Consciência e Fé. Tecnologia do Blogger.

"Evangelho sem cruz é religião sem graça e sem salvação"

RSS

O QUE É CULTO

A palavra liturgia vem do grego “leitourgia”. Essencialmente refere-se ao serviço religioso ou prestado ao Estado. Porém, praticamente, no Novo Testamento, é usado como serviço religioso. Em Atos 13.2, Romanos 15.16 é traduzido por ministração e ministro, respectivamente. E possui outras aplicações: refere-se ao serviço prestado pelos sacerdotes nos atos de culto no Velho Testamento; o ofício sacerdotal de Cristo; o ministério da igreja nos atos de adoração; o serviço de beneficência prestado aos irmãos, entendendo como serviço prestado a Deus.

Embora a palavra liturgia não seja de uso exclusivo dos cristãos, passou a carregar o conceito de ordem e de valor dos elementos do culto. Representa a soma das partes ou elementos do culto, como: adoração, confissão, consagração e proclamação.

Klaus Douglass vai dizer que o mais importante, no entanto, não é se a igreja estará muito presa a liturgia ou se adotará formas livres na expressão de adoração. Para ele o que é fundamental é desenvolver o culto cristão sob três passos: entender, conectar e desenvolver. Primeiro, entender cada parte do culto cristão é essencial para que o culto tenha sentido na vida dos participantes. Segundo, conectar é estabelecer uma relação de cada parte do culto na vida do adorador. O objetivo é a de que o adorador experimente profundamente cada parte do culto na sua vida. Terceiro, desenvolver é a adequação dos cultos aos novos tempos para que os cultos se tornem relevantes na vida do adorador na presente época.

PR. LEANDRO MENEGATTE

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

MARCAS DA DESOBEDIÊNCIA

Havia um garoto que era muito desobediente. O pai desse garoto lhe deu um saco com pregos e lhe disse que toda vez que ele cometesse um ato de desobediência ou rebeldia, deveria martelar um prego atrás da cerca.

No primeiro dia o garoto enfiou 12 pregos na cerca. Em algumas semanas o número de pregos martelados por dia reduziu gradativamente. Ele descobriu que era melhor obedecer do que martelar todos aqueles pregos na cerca.

Finalmente chegou o dia em que o garoto não desobedeceu ou foi rebelde. Então seu pai sugeriu que ele retirasse um prego por cada dia que ele conseguisse obedecer a ele, aos professores e autoridades em geral. Finalmente chegou o dia em que o garoto havia retirado todos os pregos da cerca. Seu pai o segurou pela mão e o levou até a cerca e disse:

- Você foi muito bem filho, mas olhe os buracos na cerca. A cerca jamais será a mesma. Quando você age em desobediência ou rebeldia ficam as cicatrizes exatamente como estas. Não vai importar quantas vezes você peça desculpas ou se arrependa, o buraco vai estar lá do mesmo jeito. Este ferimento é tão ruim quanto um físico.

PR. LEANDRO MENEGATTE

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

A FORMAÇÃO DO HOMEM DE DEUS

Qual seria a formação ideal para o homem de Deus? Sabemos que o caminho para a formação ideal do homem que pretende servir a si mesmo é a universidade, onde galgará uma profissão que lhe proporcionará condições para a sua estabilidade econômica. Mas para o homem que pretende servir a Deus, os conhecimentos ou as informações que ele adquire desse mundo servem apenas como ajuda, mas não como fundamento básico para o desenvolvimento do seu ministério. A formação do homem de Deus nunca vem do próprio homem, mas de Deus! É o Espírito Santo o formador de homens de Deus, e Ele não o faz com o conhecimento profundo da Sua palavra, mas com a prática da Sua palavra. Pois não adianta ao homem tomar conhecimento de toda a Palavra de Deus se não a pratica; é preferível conhecer um por cento da Palavra de Deus e praticá-la do que conhecer cem por cento dela e não a praticar. O Espírito Santo, e somente o Espírito Santo, forma homens para servi-Lo!

Por mais vastos que sejam os conhecimentos teológicos ou intelectuais, jamais têm a capacidade de preparar pessoas para o serviço de Deus. Para que o médico seja capaz, ele precisa ser preparado por bons professores-médicos; para que o dentista seja um bom dentista precisa ser preparado por bons professores-dentistas. Mas para que o homem de Deus possa ter uma formação das coisas divinas, só poderá recebê-la do próprio Deus. Foi justamente o que aconteceu com o apóstolo Paulo que teve no seu conhecimento intelectual e religioso apenas informações, porque no caráter de sua pregação ele procurava tão somente dar aquilo que recebia de Deus. Assim sendo, ele confessa: "Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem, ou de sabedoria. Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e Este crucificado. E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós. A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana; e, sim, no poder de Deus" (1 Coríntios 2.1-5).

A formação do homem de Deus vem do próprio Espírito de Deus com o tempo, quer através de outros servos, quer através d’Ele mesmo, com provas e experiências, muitas vezes amargas. E quanto maior é o tempo melhor é a sua formação. Entretanto, essa formação jamais acontece no intelecto, mas no coração.

PR. LEANDRO MENEGATTE

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

CHIFRES QUE FALAM - A HISTÓRIA DOS CHIFRES DE BEBENHAUSEN

Bebenhausen, na Alemanha, é um lugar lindo e sossegado. O que há de mais atraente lá é um monastério, construído por volta de 1180. Ao tempo da Reforma Protestante (1516), o monastério se tornou um seminário luterano. Depois se tornou palácio do rei e, por fim, parlamento estadual.

Quem lá esteve conta que na sala principal do monastério, está exposto um par de chifres entrelaçados. A escultura, bem ao natural, conta silenciosamente a história de duas gazelas. Se você fosse contar esta história às crianças, poderia começar assim:

Era uma vez duas gazelas. Daquelas que têm chifres que parecem galhos secos. Elas tinham uma eterna implicância uma com a outra. E um dia deram de brigar por uma coisinha boba. Mas a briga foi crescendo, crescendo, e elas se atracaram. Só que os chifres se entrelaçaram a ponto de não poderem mais se livrar uma da outra. Sabe como terminou a briga? Imagine! À hora da comida, por exemplo, não havia acordo. Uma não deixava a outra comer. Uma puxava pra cá, a outra puxava pra lá. Quando qualquer delas estava com sede, não era possível beber água. Não havendo acordo, não houve mais possibilidade de vida. Ambas morreram.

Um educador, que leu esta história, comentou: "Gostaria de exibir esses chifres em todos os lares e escolas para que a sua mensagem silenciosa pudesse penetrar profundamente nos corações daqueles que gostam de dar chifradas uns nos outros, sob a menor provocação".

Que tal exibir essa escultura também nas igrejas? Quando os crentes esquecem a sua missão, começam a dar cabeçadas uns nos outros. O resultado quase sempre é trágico. Em Bebenhausen, como em qualquer outro lugar.

[Extraído]

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

O CONCEITO CRISTÃO DO CERTO

Primeiramente, o conceito cristão do certo tem uma fonte superior – Deus. O cristão declara que Deus é um Ser pessoal, infinitamente amoroso, cujas perfeições são absolutas. Até mesmo o mais otimista dos humanistas não cristãos pode, na melhor das hipóteses, oferecer uma espécie humana que, segundo espera e de modo emergente, está sendo aperfeiçoada por ensaio e erro. Se a declaração cristã é correta, então a origem ulterior da sua moralidade (o caráter de Deus) é infinitamente superior a qualquer ética meramente humanista.

Em segundo lugar, a ética cristã tem uma manifestação pessoal superior – Jesus Cristo. A Bíblia ensina que Cristo é Deus encarnado, ou seja, em carne humana (Jo 1.1; Hb 1.8; Cl 1.16-17). O Novo Testamento proclama que Ele é o Javé do Antigo Testamento, em numerosas ocasiões (cf. Ap. 11.17 com Is 41.4; Fp 2.10 com Is 45.23). Além disto, o cristianismo tem uma declaração ética superior – a Bíblia. Deus é amor e Cristo é o amor de Deus manifestado na forma pessoal. A lei, ou a Palavra de Deus escrita, é o amor manifestado em forma proposicional, as leis morais são o modo de Deus colocar o amor em palavras.

Quando o egoísta diz: ”Por que devo amar outras pessoas?” o cristão pode responder: “Porque Deus assim manda, e ele nos ajudará um dia”. O cristão se lembra das palavras de Paulo: “Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado, a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Rm 8.3, 4).

A lei moral nunca visava dar ao homem a capacidade de viver à altura dela, da mesma maneira que fitas métricas não feitas para tornar as pessoas mais altas, nem os prumos para endireitar prédio. A lei foi dada para mostrar-nos o padrão; quando não chegamos à altura dele, não empregamos o padrão para corrigir a situação. Um espelho mostrará ao homem a sujeira no seu rosto, mas não lavará a sujeira. A lei revela a culpa do homem diante de um Deus Santo à luz dos Seus padrões morais, mas a lei não pode salvar. Neste sentido, a lei traz condenação, mas não salvação. Somente Cristo pode salvar. Mas aqui está precisamente a superioridade do sistema cristão. Onde a pessoa obtém a motivação para amar aos outros de acordo com o amor de Deus? Cristãos são motivados pelo amor de Cristo (2 Co 5.14,15). Logo, a natureza daquilo que é certo se resume assim: O conceito cristão da ética tem uma fonte superior (Jesus Cristo), bem como uma declaração superior (a Bíblia), e uma motivação superior ( o amor de Cristo).

PR. LEANDRO MENEGATTE

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

QUAL CAMINHO VOCÊ PREFERE?

"Não adianta ter habilidade de sobra e abusar da arrogância.
Agora, se você for humilde, vai ficar mais tempo no poder e será lembrado com saudade.”

Por Marcelo Aguilar
Você S/A - 16.04.2003,ed. 58

Aracne era uma jovem talentosa e inteligente, porém sua arrogância era tão grande quanto suas habilidades. Sua fama se espalhou e pessoas vinham de todas as partes para conhecer seu trabalho. Os muitos elogios aumentaram seu orgulho e fizeram com que ela desse ouvidos somente às pessoas que a elogiavam. Ela desprezava a desdenhava quem tentasse orientá-la, ou criticá-la.

Tanto sua fama quanto sua atitude percorreram o mundo até chegar ao monte Olimpo, local de residência da deusa Atena. A mesma deusa que havia ensinado aos seres humanos, e dado sua permissão para usar a habilidade, de como tecer roupas e tapeçarias. Atena era sábia e justa, mas também era severa. Ao saber da atitude daquela mortal, a deusa ficou muito irritada.

Atena ainda tentou ajudar Aracne alertando-a que os grandes dons dos seres humanos haviam sido dados pelos deuses. Argumentou que o uso de um grande dom exige responsabilidade e humildade, pois causam grandes estragos quando mal utilizados. Aracne era uma excelente técnica, mas sua presunção a impedia de ver e ouvir o quer estava ocorrendo ao seu redor.
Desdenhou a própria deusa.

-- Fio e teço melhor que Atena eu a desafio!

Ao ouvir isto, a deusa tirou seu disfarce e aceitou o desafio. Pobre Aracne, não conseguia ver que um mortal perde para os deuses do Olimpo, mesmo quando vence a disputa. Cada uma delas escolheu um tema para tecer uma peça. A tecelagem de Atena enaltecia o poder dos deuses. Também dava sinais sobre as consequências de atitudes humanas inadequadas, pois transformava belas moças, tagarelas, em pássaros estridentes.

Aracne estava tão concentrada em vencer a deusa que não percebia os avisos. Seu tema zombava dos deuses apontando suas falhas. A qualidade da obra era inegável, porém questionava as relações entre homens e deuses. Ela não se importava com o delicado equilíbrio, promovido pelos deuses, entre a harmonia e o caos.

Num rompante de fúria, Atena rasgou a tapeçaria em mil pedaços e feriu Aracne ... destituindo-a de suas habilidades transformando-a em uma aranha. Aracne podia continuar fazendo o que mais gostava, mas não provocaria, novamente, o desequilíbrio nas relações entre homens e deuses.

Essa ilustração é só um mito grego, mas mesmo sendo só um mito, nos faz pensar em algumas coisas em nós como líderes. Aracne foi avisada que seu talento exigia responsabilidade e uma boa dose de humildade. Assim como ela, nós teceremos nosso futuro com nossas atitudes. Aracne teceu seu futuro com fios de talento e de arrogância. Alguns tecem seu futuro com fios de talento e ânsia de poder, muitas vezes, desrespeitando os outros.

Neste mundo, conturbado pelos interesses imediatos, vemos as pessoas faltando com a ética nas suas relações profissionais e pessoais. Não entenda errado. A ética não impede que você demonstre os seus talentos e busque ascender profissionalmente, ou financeiramente. Ela somente dá a forma aos seus atos. Sua ética é baseada no seu caráter e nos seus valores.

Os líderes éticos permanecem mais tempo no poder e são lembrados com saudade. Eles tecem seus futuros com os fios do talento e da humildade. Usam, também, os fios da perseverança, da justiça, da compaixão e outros bons fios. Já, os líderes com pouca, ou nenhuma ética, até alcançam o poder, porém, cada vez mais, estão nas primeiras páginas dos jornais por causa de escândalos.

Reveja seus valores, Escolha que tipo de líder você quer ser e, finalmente, teça seu próprio futuro com os fios que você escolher.


PR. LEANDRO MENEGATTE

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

A RELEVÂNCIA DA IGREJA

Não existe um padrão de igreja. Uma forma para reprodução idêntica. Cada igreja possui suas peculiaridades. Cada igreja tem o seu lugar, a sua época. Nenhuma igreja é igual a outra, nem pode querer ser. É muito preocupante quando uma igreja vai em busca de métodos de crescimento, por exemplo, achando, ingenuamente, que aquilo que está dando certo em alguma igreja poderá dar na sua. Pura ilusão! É só olharmos para as nossas igrejas e veremos que elas são diferentes por que estão em lugares diferentes e são compostas por pessoas diferentes. Portanto, como pode uma igreja exercer um papel relevante? Vejamos:

1. A relevância da igreja está na consideração de que Jesus Cristo é o Senhor da igreja. A pior coisa para uma igreja é quando ela tem donos. Pessoas que mandam e gostam de mandar. Muitas vezes querem mandar até no pastor. Infelizmente muitos se submetem a isso. A primeira coisa que precisamos aprender é que Cristo é o dono e, portanto, o Senhor da igreja. Não há outro.

2. A relevância da igreja está no descobrimento da missão igreja em sua localidade. Precisamos da compreensão de que a igreja é um agente social, pois está inserida na sociedade. Uma igreja que não enxerga a sua comunidade, não é enxergada por ela.

3. A relevância da igreja está no descobrimento do potencial de cada membro. Os dons espirituais de cada membro estão intimamente ligados à missão da igreja. Deus envia capacitações de acordo com o que ele quer que a igreja faça.

4. A relevância da igreja está na consideração dos aspectos culturais e econômicos da comunidade onde está inserida. O papel da igreja numa região de classe média-alta, logicamente, não será igual a de uma comunidade carente. A forma de cultuar a Deus no Brasil é diferente do da África, do sul do Brasil é diferente do norte do Brasil, etc.

5. A relevância da igreja está no descobrimento do seu “público-alvo”. Devemos entender “público-alvo” como o grupo de pessoas em que a igreja tem de alcançar. Aqui não se enquadra os preconceitos ou atitudes discriminatórias, mas na identificação das pessoas que o Senhor quer que alcancemos. Cada igreja é diferente da outra. Uma pessoa que venha gostar da igreja A, pode não gostar da igreja B, e vice-versa. O que se considera aqui é a identificação da pessoa com a igreja. Portanto, as pessoas que se identificam com uma determinada igreja, esse é o seu “público-alvo”.

PR. LEANDRO MENEGATTE

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

QUESTÃO DE ÉTICA

"Vigie seus pensamentos, porque eles se tornarão palavras.
Vigie suas palavras, porque elas se tornarão atos.
Vigie seus atos, porque eles se tornarão seus hábitos.
Vigie seus hábitos, porque eles se tornarão seu caráter.
Vigie seu caráter, porque ele será seu destino."

[Poeta anônimo americano]

PR. LEANDRO MENEGATTE

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

A EXPECTATIVA, A COMPARAÇÃO E O DESCONTENTAMENTO - Final

II. LIÇÕES DE PROVÉRBIOS:

1. DEVEMOS NOS CONTENTAR COM O QUE TEMOS

a) Não desejar o que é do outro (23.17-18) - A preocupação de Deus é que nós não estejamos desejando aquilo que é do ímpio, pois desejar o que ele tem é muitas vezes deseja o que ele faz. A diferença é que o crente tem as coisas porque Deus o dá. Alguns vão dizer: Não, eu tenho isso ou aquilo porque trabalhei. Mas quem lhe deu trabalho? Quem permitiu que tivesse condições de trabalhar? Então, como as coisas foram conseguidas pelo seu esforço?

b) Não seja egoísta (11.24-25)

c) Cuidado com a maneira pela qual você consegue dinheiro ou seus objetivos (21.6)

2. DEVEMOS NOS CONTENTAR COM O QUE SOMOS (28.13-14)

Há os que vivem uma guerra interior entre o que é, o que os outros querem que sejam e o que Deus quer que sejam. A tendência é querer projetar sempre para atender as expectativas que os outros fazem. É o filho que vai seguir uma carreira profissional porque o pai assim o quer. É a esposa que se autoanula só para satisfazer o marido como se ela fosse um objeto para sua satisfação, sem que tenha qualquer tipo de vontade ou desejo. Ou o homem que para esconder a sua impotência diante dos desafios da vida, assume uma postura autoritária, destrutiva, egoísta e controladora só para sentirem-se homens como se isso fosse sinal de masculinidade. É o irmãozinho que tem medo dos que os outros vão pensar a seu respeito, então cria uma máscara para que pensem dele aquilo que ele não é. E quando pensa na possibilidade de alguém descobrir a sua realidade, tudo no seu interior parece revolver-se. Em outras palavras criamos uma imagem para nós com o intuito de esconder nossos fracassos, frustrações, problemas, debilidades porque queremos nos sentir aceitos pelos outros em nossos relacionamentos. E nessa esfera do comportamento humano, em que muitos são o que não são, e cada vez mais se distanciam de serem o que realmente são, é que precisa fazer como afirma Salomão: “Quem esconde os seus pecados não prospera...”. Ou seja, ser o que nós somos é não esconder a nossa humanidade.

Eu tenho aprendido que não devo esconder a minha humanidade. Não é pelo fato de ser pastor que carrego o status de perfeição; pelo contrário, sou homem como qualquer outro. A diferença é que tenho uma vocação especial dada por Deus que é o pastoreio, mas sou humano, e como humano sinto fome, cansaço, alegria, tristeza, raiva, adoeço, até passo por aqueles momentos que não dá vontade de ir à igreja.

Cada um de nós precisa desesperadamente que alguém nos veja da forma exata como somos, com todos os nossos defeitos, e ainda nos aceite. Certamente, nesse momento, alguns aqui já se identificaram com tudo isso que disse. Quero fazer um desafio a você: Não esconda o que você é. Deus nos concede a sua graça que é o dom de Deus em nos fazer viver a vida que tem para nós sem constrangimentos, sem máscaras, simplesmente o que somos. Claro, procurando aperfeiçoar o que somos. Saiba que a boa vontade de Deus não é determinada pelo que você faz. Se você acreditar que o amor de Deus depende das atitudes santas, sua vida não vai pra frente. Se acreditar que o relacionamento com Deus depende do cumprimento das regras, doutrinas, paradigmas religiosos, trabalhar para ele, não será aperfeiçoado. Deus não nos trata a partir da nossa lista de méritos ou deméritos. O problema não é o que fazemos ou deixamos de fazer, mas o que somos e o que não somos.

CONCLUSÃO
Para encerrar voltemos para o conto da Branca de Neve com uma pergunta: Qual seria a saída para a madrasta? Seria evitar o espelho? Não! Mas admitir a beleza de Branca de Neve sem se sentir ameaçada por ela. Assim também deve acontecer conosco. Podemos continuar olhando, cultivar expectativas, fazer comparações saudáveis, mas também buscar valorizar, amar e cuidar daquilo que já alcançamos e do que somos, sem nos sentir ameaçados pelas pessoas que nos cercam.

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

A EXPECTATIVA, A COMPARAÇÃO E O DESCONTENTAMENTO - Parte 2

2. COMPARAÇÃO

“- Espelho, espelho meu, existe alguém mais bela do que eu?
- Ó, rainha, és verdadeiramente bela, mas Branca de Neve é ainda mais bela.”

Primeiro a gente percebe a relação da doentia madrasta com o espelho mágico. Nesse conto percebemos as expectativas doentias da rainha gerando também doentias comparações: “Há alguém mais bonita do que eu?”. Nesse caso, acontece algo revelador: se há algo que está comprometido com a verdade é o espelho. Ele é absolutamente confiável naquilo que diz. Somos o que ele reflete. Não adiante querer agradá-lo ou suborná-lo. Ele não se corrompe.

Embora seja apenas uma ficção, o espelho revela a relação doentia entre expectativa/comparação e a geração do descontentamento. Sendo assim, somos levados a constatação de que o indivíduo vive a sua vida em função das respostas que almeja receber às perguntas: Há alguém mais bonito do que eu? Há alguém mais inteligente, mais bem sucedido do que eu? Há alguém mais bem casado do que eu? Há alguém com uma casa ou carro melhor do que os meus? Portanto, vemos que as relações têm muito de comparações constantes. A comparação gera pelo menos três problemas:

a) Gera o descontentamento social - A posição na sociedade está diretamente relacionada ao bem que possuo. O indivíduo vale o que possui. Não quer ser reconhecido como alguém que nada é por nada ter, logo, gera-se o descontentamento social.

b) Gera o descontentamento estético – Esse é o problema entre ética e estética. A sociedade baseia-se na falsa premissa de que “a primeira impressão é a que fica”. Isso é verdade somente quando a aparência toma o lugar da essência. Há pessoas que, inclusive, são capazes de trocar princípios importantes em nome da estética. Por isso a difusão de academias, fórmulas mágicas de beleza, clínicas de estética, cremes, loções e etc... Veja, nada há de errado nessas coisas em si. Não defendo uma postura contrária a elas. Não me entendam mal. O que considero são as motivações que levam o indivíduo a buscar essas coisas...

c) Gera inveja (23.17) - A inveja se define precisamente pela tristeza que brota no coração pelas coisas boas vistas nos outros. O objeto do invejado é sempre idealizado. Por isso, para o invejoso é mais importante arrancar do outro a coisa invejada do que conseguir o mesmo para si. Quando nos comparamos com os outros e nos sentimos inferiores a eles em algum aspecto, estamos dominados pela inveja. Nunca poderá haver inveja sem comparação.

Mas, o que é contentamento? Primeiro vejamos o que não é contentamento.

• Contentamento não é submissão à pobreza. O contentamento não pode ser usado como desculpa para preguiça e inatividade. A Bíblia não ensina que não deve lutar para melhorar a vida.

• Contentamento não é passividade; ou seja, não se pode ficar indiferente às circunstâncias da vida. Todos devemos procurar melhorar as circunstâncias na medida do possível. Todavia, quando não for possível, a impossibilidade não deve ditar o ânimo.

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

A EXPECTATIVA, A COMPARAÇÃO E O DESCONTENTAMENTO - Parte 1

Provérbios 14.13

INTRODUÇÃO

O texto nos coloca diante daquilo que na Bíblia é um valor: o contentamento. Nem sempre estamos contentes com aquilo que somos ou temos. Ele implícita o descontentamento. Ele diz: “Mesmo no riso o coração pode sofrer, e a alegria pode terminar em tristeza”. Há motivos para alegria, mas a dor e a tristeza permanece no coração. Os motivos são: insatisfação com os bens materiais, insatisfação com o trabalho, insatisfação conjugal e etc. Essa tristeza e dor sentidos no coração mesmo quando há motivos para o contentamento revela que o descontentamento está relacionado não com o que precisamos, mas com o que desejamos.

Matthew Henry disse: “Aquele que está sempre satisfeito, embora tenha tão pouco, é muito mais feliz do que aquele que está sempre a cobiçar mesmo tendo tanto”.

A partir de tudo isso que introdutoriamente ressaltei, compreendamos algumas coisas importantes para entendermos o tema.

I. FONTES DO DESCONTENTAMENTO

Há uma ligação direta do descontentamento com a expectativa e comparação. A fórmula é: EXPECTATIVA + COMPARAÇÃO = DESCONTENTAMENTO. Não podemos afirmar absolutamente que expectativa e comparação são boas ou ruins. Podemos tão somente afirmar que podem ser tanto um quanto outro, depende da realidade espiritual e psicológica do indivíduo. Em todo caso, vejamos.

1. EXPECTATIVAS

Aqui as expectativas são as que os outros têm a nosso respeito e as que temos em relação a nossa vida. As expectativas têm o poder de afetar o estado de ânimo. Animamo-nos ou desanimamo-nos dependendo do tipo de expectativa que temos. Quanto mais expectativas puramente humanas, tanto mais nos frustramos e, consequentemente, nos desanimamos. Jesus é um bom exemplo disso. Teve que enfrentar muitas expectativas, e nos ensina como suportá-las. Administrou três tipos expectativas:

a) As expectativas do deserto – Havia um grupo nos dias de Jesus chamado de essênios. Os essênios eram um grupo religioso que defendia o rompimento da vida nas cidades, migrando para os desertos acreditando que ali estava o propósito de Deus para suas vidas. A expectativa que nutriam era a de que o Messias exerceria seu ministério no deserto, faria seus milagres no deserto. Essa era a expectativa messiânica para os essênios.

b) As expectativas políticas – Essas eram promovidas por outro grupo religioso, os zelotes. Esse grupo era radical. Entendia que o Messias realizaria um poder político. Esperava um Messias que destruiria o poder de Roma que injustiçava e oprimia de alguma maneira o povo. Ao longo da história Israel viveu sob o domínio de vários reinos. Portanto, o Messias deveria libertá-los desse jugo histórico.

c) As expectativas religiosas – O terceiro grupo era composto pelos fariseus. Ou seja, para os fariseus, o Messias não reinaria nem no deserto, nem no trono, mas no templo. O Messias para os fariseus deveria colocar o interesse religioso acima de qualquer coisa.

Agora preste atenção no que vou dizer: você sabe por que a tentação de Jesus no deserto? Foi a maneira que o Diabo encontrou de fazer com que Jesus atendesse todas as expectativas. Quando o tentou a transformar pedras em pães foi para atender a expectativa dos essênios e transformar a realidade do deserto, tornando-a mais leve. Quando ofereceu todos os reinos do mundo e seu esplendor é porque sabia do anseio dos zelotes de um poder político. E quando o transportou para o alto do templo tentando-o a fazer ali um milagre, o tornaria conhecido como o Messias dos fariseus. Entretanto, Jesus recusou todas essas tentações porque ele não pertencia a nenhum daqueles grupos, mas a Deus. A recusa de Jesus mostrou que estava contente com aquilo que era, e não precisa demonstrar nada a ninguém. O contentamento de Jesus consistia numa identidade formada diante do Pai.

Contentamento é sentir-se pleno e feliz com aquilo que é e que se tem. Contentamento é não conquistar determinadas coisas porque as pessoas esperam que você conquiste. Contentamento é não mudar o que é porque as pessoas criam uma imagem a seu respeito exigindo que você atenda suas expectativas.

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

ADULTÉRIO: LAÇO ENTRE ALMAS - Final

II. OS SIGNIFICADOS DO ADULTÉRIO
Quais são eles?

1. Um pecado é cometido.

2. Acontece uma união espiritual. Em 1 Coríntios 6.15-17 revela que a relação sexual com uma prostituta significa um laço entre almas que continua após a relação, mesmo sendo esta esquecida. Embora a prostituição seja outro tipo de laço entre almas, no texto encontramos o princípio de que há uma união, inclusive espiritual, com aquele ou aquela que se tem contato íntimo fora do casamento. Exemplo é o pecado de Davi com Bate-Seba que teve implicações fortíssimas.

3. Sofrerá constantes derrotas na vida (6.29,32). O laço entre almas, ainda, pode ser com uma pessoa que alguém amou há muito tempo, mas que ainda aparece em suas fantasias.


III. COMO EVITAR O ADULTÉRIO
Para evitar a infidelidade conjugal é necessário que o casal tome algumas atitudes:

1ª) Mantenha-se debaixo da orientação da Palavra de Deus (5.18). O esposo, amando sua esposa de todo o coração. A esposa, amando o esposo da mesma forma e lhe sendo submissa pelo amor. Em termos práticos, é necessário cultivar, tratar, regar e cuidar do amor, para que as ervas daninhas da infidelidade não germinem no coração de um dos cônjuges. É bom, que os cristãos casados saibam que a santidade do cristianismo não faz ninguém deixar de ser humano. Nesta vida, precisamos de amor, de alegria, de paz, de carinho, de afeto. O leito conjugal precisa ser bem aproveitado, e a união íntima, legítima entre os casados, deve continuar sendo fator de integração, não apenas física, afetiva, mas também espiritual. Deus se agrada da união entre os casados: "Seja por todos venerado o matrimônio, e o leito sem mácula" (Hebreus 1.3.4).

2ª) Fique longe do jogo de sedução (7.25). O jogo da sedução é o jogo por poder... Fuja de toda a tentação. Reconhecemos que há muita infidelidade que começa por mera tentação. Neste caso, o cônjuge pode não contribuir para o adultério. Mas havemos de reconhecer que o casal bem unido em torno do Senhor Jesus terá condições de vencer o inimigo, quando:

1. Vigie a mente e o coração (6.25; 7.25)

2. Cultive o padrão bíblico para matrimônio. Aqui quero pegar emprestado algumas outras referências bíblicas que nos ajudarão a estabelecer alguns princípios para os maridos. Quanto às mulheres lembrem-se daquilo que foi dito domingo passado pela manhã:

a) Princípio da fidelidade: Gênesis 2.23-24. É a tríplice ação: deixar, unir, ser um. Significa o não individualismo, mas o dar-se em amor.

b) Princípio da convivência. 1 Pedro 3.7: “Convivei com elas”, é o sentido de exclusividade.

• A esposa tem que sentir a pessoa mais importante da Terra.
• Seja a pessoa mais próxima do coração da esposa.
• Seja protetor da esposa.
• Perceba a esposa.
• A linguagem da mulher é o romantismo e não o erotismo.
• Honre sua mulher.


CONCLUSÃO


Deixo um recado à esposa e ao esposo; estejam sempre próximos um do outro, observem-se a si mesmo, preencham-se em tudo. Evitem negar-se um ao outro (1 Coríntios 7.5). Ficar sozinho na frente de um computador pela madrugada, significa que algo precisa ser renovado no seu casamento. Pois há muitos solitários, e que no silêncio da noite clamam por ajuda e proteção, lutam, mas não vencem, pois lutam sozinhos, não apelam para Jesus e para o seu cônjuge.

Saiba que mesmo que tenha cometido o adultério seja por ato ou pensamentos, Deus pode perdoar-lhe o pecado. Pastor, tenho muita dificuldade em lidar com a sexualidade! Peça ajuda. Se quiser converse com seu pastor. Quando a gente fala sobre certas questões automaticamente começamos a nos vigiar mais, pois alguém sabe de nós. E muito melhor quando confessamos a Jesus. A Bíblia diz que ele nos ajuda em nossas fraquezas. Não deixe que o adultério ou a possibilidade dele destrua sua vida e seu lar.

PR. LEANDRO MENEGATTE

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...