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"Evangelho sem cruz é religião sem graça e sem salvação"

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COMO ANDAR COM DEUS NO NOVO ANO


Romanos 8.28-39

Em 2012 qual foi a sua pior dificuldade na caminhada de fé? É verdade que essa pergunta conduz a busca por respostas das mais variadas, mas que não responderão o que de fato tem correspondência com ela. A razão concentra-se naquilo que vocês estão cansados de ouvir deste púlpito, exceto alguns que estão aqui de passagem, de que as questões que frequentemente buscamos soluções ou respostas fora de nós, na verdade, estão em nós mesmos. Ou seja, frequentemente pensamos coisas sobre nós fora de nós. A vida sempre acontecendo fora.  Então, quando pergunto: Qual foi a sua pior dificuldade na caminhada de fé em 2012?, talvez alguns responderão: “Ah, foi minha sogra! Ela é terrível! Me tirou do sério várias vezes. Vive se intrometendo nas coisas lá de casa, causa intriga. Eu e minha mulher temos brigado tanto que nem tenho vontade de orar mais, ler a Bíblia é um fardo. Ir à igreja então... Me sinto abatido, desanimado...”. A maioria de nós escolhe temas, pessoas, situações, decepções nos relacionamentos para determinar o motivo da dificuldade do andar com Deus. Outros diriam: “Minha pior dificuldade foi o pastor ou vários pastores...”; “Foi a igreja... Minhas experiências com a igreja prejudicaram em muito minha caminhada com Deus”; “Foi o diabo...”; “Pra mim foram as adversidades. Oh, ano difícil...”; “As privações... Elas sim, foram um entrave na minha caminhada de fé”; “Foi a morte do meu ente...”.

E de fato a gente elege essas coisas para fugir ou não chegar à raiz da questão. Não são essas coisas ou pessoas que atrapalham nossa caminhada de fé. Não são essas coisas que atrapalham nossa vida com Deus. Elas nem tem o poder de atrapalhar. Porque o texto bíblico não os elege como sendo aqueles que atrapalham nossa trajetória. Ele diz: “...” (vs.37-39). Essas coisas não são vencidas na nossa caminhada. Elas não surgem como impedimento de andar com Deus ou como elemento absolutamente destruidor. Pois o texto é claro ao dizer que todos eles foram vencidos em Cristo que nos amou. Você já venceu todos eles. Tudo o que acontece fora de você mesmo já foi derrotado em Cristo. Então, se tudo que está fora de mim e que poderia ser impedimento no andar com Deus foi vencido em Jesus, mas se há coisas que atrapalham meu caminhar é lógico concluir que o que me atrapalha está dentro de mim, assim como o que me catapulta para o andar com Deus está dentro de mim. Portanto, ninguém nem nada do lado de fora tem o poder de atrapalhar minha caminhada com Deus. Somente eu em mim tem esse poder. Então, não é sua sogra, nem seu cônjuge, nem suas privações, nem seu irmão em Cristo, nem o pastor ou pastores, nem a igreja ou as igrejas, nem o diabo, nem a morte de um ente... é você mesmo. “...” (vs.38-39). Não são as forças visíveis ou invisíveis. Nada do que está pra fora pode me afastar do amor de Deus, disse Paulo.
Isso tudo coloca pra nós algumas questões:

1. O ANDAR COM DEUS NÃO DEPENDE DAS CIRCUNSTÂNCIAS, MAS DE UMA DECISÃO PESSOAL (vs.34-35)

Pense comigo: o amor de Deus alcança a alma do indivíduo. Se Jesus fez tudo isso por nós, nossa salvação não é circunstancial. Nada tira nossa salvação. Se isso é verdade, nosso caminhar com Deus também não é circunstancial, a não ser que eu seja a minha própria circunstância já que nada me tira do caminho além de mim mesmo.

Olhando para o verso 35, todas as coisas descritas ali são elementos constitutivos da nossa cami-nhada terrena. Ou seja, somos atribulados, angustiados, perseguidos, passamos por privações, perigos, guerras... “todos os dias” (v.36). E mais, diz que por amor a Ele a morte o cerca todos os dias. Aqui há um contexto de perseguições.

Portanto, quem dificultou seu andar com Deus em 2012? VOCÊ MESMO! E se a Bíblia diz que tudo isso já foi vencido em Cristo, por que pessoas chegam ao final de 2012 sentindo-se derrotadas? A questão fundamental é de foro interior. Isso diz respeito ao Evangelho sendo internalizado. Essa é a decisão. Consiste em abraçar o Evangelho em toda a sua plenitude. O Evangelho faz por mim (As bem-aventuranças...).

Então, o andar com Deus não depende das circunstâncias, mas de uma decisão: abraçar o Evangelho.

2. MEU ANDAR COM DEUS NÃO É UM CAMINHO, MAS EU MESMO (vs.28-29)

O caminho é o próprio indivíduo. “Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam”. Em outra versão: “Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus.” A palavra que foi traduzida por cooperar é sinergia, no grego... Isso tudo com um propósito. Esse propósito está contido no verso 29 “...”.

A mensagem dita nesses versos é dita, mas muitas vezes não percebida. Diz que o interesse de Deus é você... 

Então, quando as circunstâncias surgem o objetivo de Deus é você. Ele trabalha nas circunstâncias porque o seu amor sobre você. As circunstâncias são apenas instrumentos de Deus na sua vida para que algo muito maior que a cessação das circunstâncias adversas aconteçam: fazer de você alguém parecido com Jesus. Nesse caso, nada é impedimento a não ser você mesmo. Dallas Willard em seu livro “A conspiração divina”, tem um capítulo em que trata da relação fé e vida, e como Deus quer trabalhar a nossa fé na nossa vida.

Querido(a), as questões impeditivas no nosso andar com Deus somos nós mesmos. Eu sou o meu caminho. Os buracos estão em mim, as pedras estão em mim, os abismos estão em mim. Não estão fora de mim. Não estão nos outros. Estão em mim. Estão em você. Assim como na prata, Deus quer nos purificar para que nossa vida seja o caminho no andar com Ele.

Portanto, o meu caminho no andar com Deus é eu mesmo.

3. EM SENDO EU MESMO O CAMINHO, MINHA VIDA TERMINA EM JESUS (v.29)

A partir do momento em que fomos alcançados por Jesus, Deus trabalha em nós para sermos como Jesus. Há uma música que diz assim:

“Quero ser igual a Jesus, caminhar seguro na luz,
Conhecer ao Pai e fazer sua vontade
Tudo aquilo que Jesus aqui fez
Também quero eu fazer.
Demonstrar amor como ele mostrou
E também pregar como ele pregou
Quero ser exemplo de vida como ele foi pra mim
Quero ser como Jesus”. 

Sua vida deu seus passos em 2012 para igual a Jesus? Que tal ao invés de traçar planos terrenos e seculares para 2013 determinar que em 2013 a começar hoje sua vida vai ser o caminho que desemboca em Jesus. 

CONCLUSÕES:

Como será seu andar com Deus em 2013 não sei. Mas sei que se você quer andar com ele sendo você o caminho que termina em Jesus, algumas coisas terá que fazer.

a) Pare de culpar os outros pelo momento que você está. Seu desânimo não é por causa de outros. Sua desistência não por outros... Mas por você. Quando culpo os outros ou às circunstâncias pelo que estou vivendo meu andar torna-se um caminhar de morte. Porque se a Bíblia diz que “a alegria no Senhor é a minha força” e estou sem força é porque meu ser não está em Deus.
b) Se aproprie do Evangelho. Quando penso nos versos (37-39) enquanto verdade e promessa divinas não me sinto infeliz com Deus ou em Deus porque o é Evangelho se realizando em mim.
c) Portanto, ao invés de buscar responsáveis para fora de você faça da sua vida um andar para se realizar em Deus apesar de (vs.35, 38-39). Se realizando em Deus encontramos motivos para: servir a Deus, crescer em Deus, amar a Deus, se fortalecer em Deus...

Que assim seja seu andar com Deus em 2013!

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NATAL



Por Delcyr de Souza Lima
Neste Natal e no despontar
do Ano Novo, eu queria que a Estrela
viesse a brilhar na vida de cada lar.
Eu queria que essa estrela não ficasse
fria e silente.
Impressa em cartões de boas festas,
ou simplesmente
dependurada em algum presépio...

A Estrela aponta o caminho
para o Filho de Deus, nascido em Belém.
E Ele é quem pode
reanimar os abatidos, consolar os que choram, levantar os fracos
e colorir com as cores da esperança
os horizontes mais sombrios da vida!

Tomando as veredas da Estrela, seguiremos pelos caminhos
da paz, do amor e da fé.
Andemos por essas veredas,
seguindo essa Estrela,
de mãos dadas
unidos todos
no esforço pelo triunfo do bem.

Assim vivendo,
os sorrisos das crianças,
o idealismo dos jovens,
a ternura das mães e a fortaleza dos pais
hão de misturar-se ao colorido das flores
para formar a perene primavera...

Logo, então, a Estrela fulgirá
mais linda ainda,
e de novo ouviremos a mensagem dos anjos:
“Glória a Deus nas alturas,
paz na terra,
boa vontade para com os homens!”.

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A GRANDEZA DO NATAL


Mateus 2.6

Na época do nascimento de Jesus existiam três civilizações extremamente importantes: Jerusalém que era a capital religiosa e se especializou no conhecimento das Escrituras; Roma, capital política que avançou muito na organização militar e jurídica; e Atenas, na Grécia, berço da civilização moderna cujas descobertas são notáveis e influenciam até hoje, por exemplo: a Matemática de Tales de Mileto; a geometria de Euclides e Pitágoras; a física de Arquimedes; a biologia de Anaximandro; a medicina de Empédocles que descobriu que o sangue sai do coração e volta a ele, e que os poros da pele auxiliam no trabalho de trocas respiratórias, foram eles que descobriram o sistema nervoso, desenvolveram a cirurgia e muitas outras realizações científicas; além disso, tem a cultura, a arte e a língua. 
Em contrapartida está Belém que era considerada a menor dentre as principais cidades: Jerusalém, Roma e Atenas. Mas por que era considerada a menor? Era considerada menor não porque era pequena em tamanho e população somente, mas porque não tinha do que se orgulhar, não possuía as realizações das grandes cidades, era pobre, abandonada, fazia parte do distrito de Efrata. Mas como Deus anda na contramão do pensamento humano, atribuiu a Belém a importância que ninguém dava. Este verso é de alguma forma uma exaltação à cidade de Belém quando diz: “Mas tu, Belém, da terra de Judá, de forma alguma és a menor entre as principais cidades de Judá...”, a razão é simples: “... pois de ti virá o líder que, como pastor, conduzirá Israel, o meu povo”.  A importância de Belém, portanto, está no fato de que esta cidade foi o berço de Jesus. 
Mas, por que Jesus nasceu em Belém se havia tantos lugares importantes na época, que poderiam ser o berço do seu nascimento? Duas são as razões.

a) POR UMA QUESTÃO DE PROMESSA – Deus havia restaurado a promessa a Israel por Davi que da descendência dele viria o Messias. Belém era a cidade natal de Davi, logo Jesus nasceria lá.

b) POR UMA QUESTÃO DE HUMILDADE – Jesus não nasceria numa cidade autossuficiente, orgu-lhosa de si mesma.
Mas vamos pensar em pessoas. E você, ouvinte, é uma pessoa. Neste caso, o que faz com que você seja importante? Quais os pressupostos que nos fazem avaliar se uma pessoa é importante ou não? A sociedade diz que pelos bens que possui, ou pela posição de autoridade. A importância está ligada ao mérito, prestígio, influência. Por isso muitas pessoas estão envoltas por preconceitos, discriminações, valorização de uns depreciando outros. E esta história é muito mais que a história de uma cidade, é a história de pessoas rejeitadas, discriminadas, postas de lado. 
Não sei nem quantos nem quem são, mas sei que existem pessoas que me ouvem em situação semelhante, que não veem em si o valor que têm, nem tampouco, ouve isso de outros. Isto é muito ruim! No entanto, uma coisa é ser vítima de análises distorcidas que as pessoas fazem, outra coisa é se deixar vitimar por elas por não conseguir ver a importância que tem, porque, neste caso, se sentindo inferiores, com desejo de autoafirmação, acabam se sentindo melhores depreciando o se-melhante. E se você se deixar dominar pelo que pensam a seu respeito e acredita nisso, acabará se tornando uma pessoa complexada e doente. Isso não precisa acontecer com você!
Quero que você pense no natal de uma forma diferente: O natal representa a importância que você tem. Pois você tem importância pra Jesus; é por isso que ele nasceu. E aquilo que as pessoas pensam de você não significa necessariamente que você o seja. O mais importante é o que ele pensa de você: um ser muito especial, que foi capaz de ser objeto do seu amor incondicional, fazendo com que ele nascesse para mudar a sua vida. 
Não dê importância ao que não tem importância. O próprio Jesus teve uma experiência assim. Quando as pessoas pediram a sua morte, ele disse: “Pai, perdoa-lhes, pois eles não sabem o que fazem”. Em outras palavras, ele disse: Pai, eles não conseguem ver em mim o a importância que tenho. As pessoas o consideravam um falsário, um mentiroso, o falso Messias. Ou seja, as pessoas tiveram uma visão distorcida a seu respeito. As pessoas não davam importância a ele, mas ele sabia que era importante.
Guarde uma coisa em seu coração: a forma com que você se vê será a forma com que os outros lhe verão. As pessoas podem dizer que você é ninguém por não ter estudo, por não ter um carro do ano, não ter uma boa casa. Ou então, você se sente inferiorizado por você mesmo achando que merece nada, talvez porque as pessoas não ligam pra você, ou porque seu marido lhe despreza, ou porque é o único da família que não estudou...
Então, a grandeza do natal se baseia no fato de QUE VOCÊ É IMPORTANTE PORQUE JESUS O FAZ IMPORTANTE. Ou seja, a importância da vida não está naquilo que construímos para nós, mas naquilo que Jesus constrói para nós. O valor de uma pessoa não está naquilo que possui, mas em Jesus. Ele é o único que pode lhe dar o real valor. Talvez qualquer pessoa não fosse capaz de dar a sua vida por você, mas Jesus deu. Ele abriu mão de toda a glória, riqueza por amor a mim e a você. Permita que o natal revele em seu coração que o nascimento de Jesus é porque você é muito impor-tante pra ele. Permita que ele nasça em sua vida. Ele precisa liderar sua vida, ser Senhor de seu co-ração, ser o pastor da sua alma. Receba-o em seu coração.

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ATITUDES QUE REVELAM O NATAL


Mateus 2.11

Os magos do Oriente interessados em alcançar a verdadeira sabedoria, guiados por uma estrela, foram a Belém reconhecendo a divindade de Jesus com duas atitudes:

1. ADORAÇÃO: “Prostrando-se, o adoraram” – O ato de adoração dos magos revela uma verdade: quanto mais sábios, mais reverentes são os homens. De joelhos e com o olhar para aquele que veio do céu a Terra pela encarnação.

2. CONSAGRAÇÃO: “Abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas, ouro, incenso e mirra”. – Natal também é um ato de consagração. Não bastam atitudes reverentes e contemplativas. A adoração se completa com uma ação positiva: a entrega, com o nosso coração, de algo que representa materialmente o nosso amor a Jesus.

Com estas atitudes está o reconhecimento do caráter real de Cristo em nossa vida. Onde são demonstradas a nossa disposição de colaborar com a sua obra na Terra.

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O QUE ESTAMOS FAZENDO COM A IGREJA?


Reunido com seus discípulos, Jesus faz uma pergunta que deixou Pedro à vontade para responder: “Quem os outros dizem que o Filho do homem é? (...) Alguns dizem que é João Batista; outros, Elias; e, ainda outros, Jeremias ou um dos profetas” (Mt 16.13-14). Entretanto, a preocupação de Jesus não consistia na maneira como as pessoas o enxergavam ou pensavam sobre ele. O que Jesus desejava era saber o que seus discípulos falavam a seu respeito ou sobre como os discípulos demonstravam ser Jesus. Por isso, prosseguiu reformulando a pergunta: “E vocês? Quem dizem que eu sou?” (Mt 16.15). Quando Pedro responde: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”, Jesus afirmou que essa revelação fora feita pelo Espírito. E sobre aquilo que saiu da boca de Pedro, revelado pelo Espírito Santo, a sua igreja seria edificada. Ou seja, Jesus deu ênfase naquilo que definiria a sua igreja: “o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Isso fez uma diferença enorme na vida dos discípulos e, por conseguinte, da igreja. A igreja como instituída por Cristo sempre foi fundamental no ser discípulo.

Mas, com o passar do tempo a ênfase dada por Jesus foi sendo mudada. Todos agora são evangélicos. Alguns são “gospel”. Já fomos mais respeitados quando o caráter era trabalhado em nossas igrejas. A ênfase mudou. Passou a ser o poder espiritual com interesse no poder material e político, pois o interesse não está no quebrantamento espiritual, mas no “poder espiritual” para dominar. Neste caso a Bíblia foi aos poucos sendo posta de lado porque ela estabelece padrões e limites em todo o procedimento, mas parece que isso não interessa em alguns casos. 

A ênfase de Jesus mudou. Foi substituída por revelações em cascata, de profecias onde líderes nem sempre sensatos fogem ao controle das Escrituras e ditam sua visão pessoal como se fosse palavra divina. O senso crítico foi abandonado. De pastor passou-se a bispo, a apóstolo (e sabe Deus onde isso vai parar...). De discípulos comprometidos com o Reino a consumidores exigentes que só se satisfazem se a igreja for do seu jeito e se atender aquilo que acredita ser a sua demanda; caso contrário, procura-se outro “fornecedor religioso”.

A igreja se desequilibrou. E isso é grave, pois uma igreja desequilibrada gera pessoas desequilibradas. Porém, o evangelho, “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”, gera saúde, não enfermidade. Hoje não é difícil encontrar grupos que acham os sãos espirituais e emocionais de frios e sem experiências sobrenaturais. E se o rebanho não cresce é porque falta “poder”. Que “poder”?

A ênfase mudou. A ética deu lugar à celebração. É mais importante o “louvorzão” do que a reflexão sobre como anda a vida com Deus, o conserto da vida e das relações, a afirmação de valores divinos. Pouco se fala contra o pecado e santidade, a volta de Cristo, as exigências divinas para uma vida séria e comprometida com o Reino. As Escolas Bíblicas que antes eram fundamentais, onde numa cena belíssima pais caminhavam com seus filhos rumo ao templo, todos com suas Bíblias em punho. Hoje parece que não há tanto prazer. Aliás, não raro, as Bíblias são esquecidas ou deixadas propositadamente nos bancos do templo para que no domingo seguinte se encontre com seu dono. Quem sabe assim gera saudade da Palavra de Deus!

A ênfase mudou. A ética deu lugar a estética. Certa vez preguei numa igreja de minha denominação e fiquei assustado. Parecia um show. A entrada do grupo de louvor foi no mínimo doentia. As luzes do templo foram apagadas, refletores acesos cujos focos coloridos coreografavam no ambiente tornando-o num lugar mais parecido com uma danceteria. E o entusiasmo da “galera”? Senti-me mal. E envergonhado. Não foi isso que aprendi na Bíblia. 

O que estamos fazendo com a igreja? Aquela igreja onde a Bíblia é pregada, em que a crença no poder do Espírito para fazer a obra crescer nos leve a prescindir de atos desonestos, de manipulações e de extorsão na contribuição. Aquela igreja que evangeliza e não agride. A igreja que aceita o crescimento dado pelo Espírito, e não o de produto de um marketing voltado para o seu “mercado consumidor”. Aquela igreja onde caráter é mais importante. Aquela igreja em que o evangelho não ceda lugar à convivência sem confrontações e sem exigências em nome de não repelir as pessoas. Aquela igreja que prega Jesus e não política. Que façamos da nossa igreja uma igreja que valha a pena. Uma igreja cheia de discípulos comprometidos com o Reino e não uma igreja “gospel”, cheia de evangélicos vazios da vida de Deus.


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